57 ANOS AO SERVIÇO DA FORMAÇÃO E DA INFORMAÇÃO

Sejam Bem Vindos à Página Oficial do Jornal "A Voz de Leça". Esperamos com o nosso blog, contribuir para uma maior aproximação do Jornal a todos os Paroquianos e que este seja também um meio de comunicação privilegiado para dar a conhecer as actividades Paroquiais em particular e da Freguesia em geral. Obrigado pela visita.

A Equipa Redactorial

AGENDA PARA MARÇO

Actividades Paroquiais

Dia 14 às 12h30m - Eucaristia de Aniversário do Jornal "A Voz de Leça"
Dia 20 às 16h30m - Eucaristia do Senhor dos Passos
Dia 21 às 16h00m - Procissão do Senhor dos Passos
Dia 28 às 12h00m - Benção e Procissão dos Ramos seguida de Eucaristia

AGENDA PARA ABRIL

Actividades Paroquiais

Do Dia 1 ao Dia 3 às 21h30m - Cerimónias da Semana Santa
Dia 4 às 9h30m - Sáida da Visita Pascal
Dia 4 às 18h45m - Procissão de Encerramento da Visita Pascal seguida de Eucaristia

57 Anos - Vida, História e Reflexão


Fundado por iniciativa do Padre Alcino Vieira dos Santos (foto da esquerda), A VOZ DE LEÇA nasceu em Março de 1953, há 55 anos, para “falar, dizer, informar, formar, orientar, acompanhar”, tal como referiu D. Armindo Lopes Coelho na mensagem que dirigiu a este Jornal no 50º aniversário. O Padre Alcino fez das páginas do Jornal um canal de comunicação sempre aberto com os seus Paroquianos, tal como D. António Ferreira Gomes preconizou na mensagem que dirigiu à Paróquia há 55 anos, na primeira edição: “Por ele a freguesia manifestará as suas aspirações e anseios, dirá das suas iniciativas e realizações". Actualmente o seu director é o Reverendo Padre Fernando Cardoso Lemos (foto da direita) e que tem procurado juntamente com uma equipa redactorial coesa e forte, "levar a bom porto esta grande Nau", que é "A Voz de Leça"

A Equipa Redactorial

Os Directores do Jornal ao longo de 57 anos

O Fundador


Biografia



Padre Alcino Augusto Vieira dos Santos



Desde 1972 sou um “imigrante” em Leça da Palmeira. Vindo de outros lugares, passei a ser um leceiro pelo coração; e foram os primeiros seis anos que me “agarraram” a esta linda terra, porque durante eles fui acarinhado e estimulado pelo Padre Alcino, no serviço à Igreja.
A observação das suas magníficas e exemplares qualidades humanas, bem como o seu dinamismo a par dum extraordinário zelo a abranger todas as áreas da pastoral paroquial – assistência aos doentes e aos pobres, catequese, habitação social, e uso duma eloquência notável na prègação da Palavra de Deus – despertaram-me o interesse em conhecer, tanto quanto possível, o seu percurso sacerdotal, que antevia apreciável.
Para o efeito, socorri-me dos muitos elementos fornecidos por exemplares antigos de A VOZ DE LEÇA e por livros de JORGE BENTO (outro não podia ser!) já que a figura do Padre Alcino preenche não poucas páginas do acervo bibliográfico daquele eminente leceiro:
O Padre Alcino Augusto Vieira dos Santos nasceu em Argoncilhe, concelho de Santa Maria da Feira, em 23 de Maio de 1913. Fez os seus estudos para o sacerdócio nos seminários da Diocese do Porto. Foi ordenado presbítero em 1 de Agosto de 1936.
A sua índole empreendedora começou a revelar-se em Pedorido – Castelo de Paiva, a sua primeira paróquia, onde deixou construídas, em apenas nove anos de paroquialidade (1936-1945) a Igreja Matriz e a Residência Paroquial.
A partir de 1 de Julho de 1945 passou a paroquiar Leça da Palmeira. Desde logo tomou como objectivo prioritário o profundo restauro de que a Matriz se mostrava necessitada, dado que tanto as paredes exteriores como o seu interior, desde os telhados ao soalho, apresentavam marcas de grande carência de obras. O Povo de Leça, entusiasmado e influenciado pela palavra fluente do seu novo Pároco, organizou-se em jornadas de generosidade, fazendo cortejos de oferendas e posteriores leilões que ficaram famosos. E foram levadas a cabo, nesse ano de 1945, as necessárias obras exteriores, passando a Igreja Matriz a apresentar-se de “cara lavada”, agradável de ver-se, como tudo o que é limpo!
Padre Alcino era um homem franco, dialogante, comunicativo: entendia que o seu rebanho devia conhecer o pensamento do pastor; e assim, em Março de 1953, fundou A VOZ DE LEÇA que apelidou de “Boletim Mensal Paroquial”. De tal modo se empenhou em fazer dele um verdadeiro padrão de comunicação e diálogo com os seus paroquianos, que através dele todos passaram a conhecer os seus anseios, projectos e realizações. Dizia-se, com bastante verdade, que “A Voz de Leça era o Padre Alcino”, ou vice-versa.
Entretanto, preocupava-o a falta de espaços para catequese e outras acções importantes de pastoral, como salas de reuniões de planificação, de encontros com jovens ou para outras actividades culturais. Imaginou então um SALÃO PAROQUIAL, como uma “formidável testa de ponte, uma posição estratégica de primeira importância”, como escreveu em Setembro de 1954. Foi nesse ano que se lançou em mais esse empreendimento; e foi uma paixão que o absorveu e em que conseguiu comprometer todos os paroquianos. Houve leilões e houve angariação de fundos por Comissões, formadas em ruas e lugares da Paróquia. Aos voluntários que se iam inscrevendo chamou “Inquilinos do Salão Paroquial”. Os seus nomes (distribuídos por ruas) eram mencionados nas páginas d’A Voz de Leça, desenvolvendo uma inteligente e proveitosa “disputa” incentivadora. Os contributos cresciam, até que o Povo de Leça pôde ver concluído, em 1958, o fruto do seu empenho e colaboração com o Pároco. O Salão Paroquial foi, ao tempo, dos primeiros a serem construídos na Diocese do Porto. Sobre a sua construção, valores adquiridos, custos da obra, etc., vale a pena ler as transcrições e comentários em pelo menos 7 dos livros de Jorge Bento.
O constante contacto do Padre Alcino, sobretudo nas visitas quase diárias aos doentes acamados, deram-lhe o conhecimento ou a visão de situações dramáticas de famílias carentes dum lar onde viver e criar os filhos com um mínimo de dignidade. O seu coração magnânimo e o seu espírito arrojado lançaram-no numa nova obra, ditada pelo Evangelho: ‘os pobres mais pobres eram o espelho de Cristo a quem era urgente socorrer’. Com a ajuda de muita gente generosa e com posses, e até de famílias humildes mas não menos generosas, e ainda com a colaboração do chamado “Património dos Pobres” da “Casa do Gaiato” do Padre Américo, mandou construir 32 casas de habitação: 12 no lugar de Gonçalves e outras 20 no lugar de Rodão. Concretizou-se, assim, entre 1957 e 1969, uma grande obra social, que parecia um sonho impossível.
Também para os marinheiros que demandam o porto de Leixões, teve o Padre Alcino o evangélico pensamento dum bom acolhimento, tendo fundado a Obra do Apostolado do Mar com o nome de “Stella Maris”, em Maio de 1961, cuja presidência e direcção espiritual continuam sob a égide paroquial.
Também na década de 60, a construção da actual Avenida Dr.Fernando Aroso ditou a demolição da velha residência paroquial. O Padre Alcino viu-se na necessidade de se lançar numa nova tarefa: a de dotar a Paróquia duma nova Residência Paroquial que, em seu entender, deveria ter espaço que possibilitasse a vida em comunidade com os Párocos vizinhos. Fez-se a construção (1962-1965), mas a vida em comunidade não passou de um sonho…
Entre 1965 e 1970 ordenou um novo restauro interior da Matriz, com inclusão do retábulo do altar-mor e do tecto, bem como alguns restauros nas várias Capelas, sob a orientação de reputados arquitectos.
De 1969 a 1978 foram mandados construir os Anexos ao Salão Paroquial, para possibilitar um grande desenvolvimento de actividades culturais, como o teatro amador (hoje com apreciável qualidade, reconhecida no meio teatral amador), projecção de filmes, sessões de instrução religiosa e encontros de Movimentos Cristãos, actividades juvenis, salas d catequese, exposições, etc. .
Em 22 de Dezembro de 1978, o Padre Alcino resignou; e fê-lo por entender que “o crescimento da Paróquia e as suas estruturas careciam de renovação. Tudo tinha mudado imenso…e eu comecei a olhar para o horizonte da vida e a ver o sol no ocaso” – são suas as palavras, registadas no livro “Do Castelo ao Monte Espinho”, de Jorge Bento.
Mas não parou aqui o seu zelo apostólico, pois entre 1979 e 1995 ainda exerceu o cargo de Capelão do Hospital Santos Silva, em Vila Nova de Gaia. Os doentes mereceram-lhe sempre um enorme carinho, como o demonstrava aos acamados de Leça, invariavelmente todas as semanas.
ATÉ AO FIM DA SUA VIDA FOI ESTA A NOTA ALTA DO SEU MÚNUS SACERDOTAL!
Em de Março de 1996 partiu para o Pai e com Ele está, certamente, porque viveu a glorificá -Lo, amando os Homens que são a Sua Imagem

Ao terminar estes apontamentos biográficos, deparei com uma frase do Padre Alcino, em que ele próprio relata um dos seus momentos de diálogo com crianças que tanto amava: “…via aqueles olhinhos faiscando de ternura para comigo, e disse-lhes: “EU VI AGORA O OLHAR DE JESUS!” ; e eu deixei de poder ler mais, porque os olhos orvalharam- se- me com incontidas lágrimas de comoção!!!



Filipe A. Pacheco




O Actual Director e Pároco de Leça da Palmeira

Padre Fernando Cardoso Lemos



Biografia

Nasce a 13 de Julho de 1928 na Freguesia de Penha Longa, Concelho de Marco de Canavezes. É baptizado a 19 de Outubro do mesmo ano e em 8 de Julho de 1936 recebe o Sacramento do Crisma. Em 16 de Julho de 1939 realiza a sua Profissão de Fé dando entrada no Seminário de Trancoso (Gaia) no dia 3 de Outubro de 1942, onde continua a sua formação escolar. Em 4 de Outubro de 1944 entra para o Seminário de Vilar (Porto), com 16 anos proseguindo a sua formação catolica e curricular até 3 de Outubro de 1950 onde dá entrada no Seminário da Sé (Porto), onde irá concluir os seus estudos. Em 18 de Outubro de 1953 é Ordenado Diácono no Paço Episcopal e em 1 de Agosto de 1954 é Ordenado Presbítero na Sé do Porto (foto da esquerda). Uma semana depois em 8 de Agosto de 1954 celebra a Missa Nova na Freguesia onde nasceu (Penha Longa). De 1954 a 1969 lecciona no Seminário de Vilar acumulando as funções de Notário do Tribunal Eclesiástico. De 1969 a 1978 passa a Reitor da Igreja dos Clérigos acumulando com as suas anteriores funções. Em 23 de Dezembro de 1978 é designado Pároco de Leça da Palmeira. Celebrou as suas Bodas de Prata Sacerdotais em 1 de Agosto de 1979 em Ermesinde, em 23 de Dezembro de 2003 as Bodas de Pratas Paroquiais (Leça da Palmeira). Completou 75 anos em 13 de Julho de 2003 (foto da direita) e celebrou as suas Bodas de Ouro Sacerdotais em 1 de Agosto de 2004 na Sé Catedral do Porto.





Louvado seja o Senhor pelas maravilhas que opera na Sua Igreja.

"Obrigado, Senhor, pelo dom da vida que me deste, pela graça que me concedeste no Baptismo e pelo Dom do Sacerdócio no dia da minha Ordenação Sacerdotal.

Obrigado, Senhor, pela minha querida Mãe, pelos familiares e amigos e por todos aqueles que vais colocando no meu caminho ao longo destes anos.

Obrigado por tudo, Senhor."

Rev. P. Fernando C. Lemos